https://youtu.be/crPKlnLCLBs?si=sLBHydO2FOYMG57V
As corridas e caminhadas outdoor são salas de aula para a minha adaptação e entendimento sobre a vida fora do Brasil. E aqui, quero dizer, sobre a minha própria vida e o meu eu interior, aquele espaço dentro de nós que está sempre presente, mas que nem sempre é acessível até o momento em que aprendemos a mergulhar em águas profundas e encontramos no escuro, vazio e solidão, o oceano mais belo do mundo, ou melhor, dos nossos mundos. Depois que encontramos o espaço de profundidade interna, o desafio passa a ser voltar para a superfície, o que é necessário para manter a visão do todo e não nos perdemos no próprio foco. A cada saída me perco entre a observação de um contexto completamente novo e as ideias que ocupam espaços de “certezas” na minha mente - um espaço cada vez menor, devo dizer. É sempre um grande malabarismo que surge entre os mais diversos pensamentos. Tudo se mistura entre o que tenho em mente - conversas com amigos, reuniões do trabalho, pesquisas, leituras e cursos - com o que aparece ao meu redor - uma família com um casal (há quanto tempo será que estão juntos?) passeado com os filhos de bicicleta (essas crianças são gêmeas? Será que já estão na escola? O que será que aprendem na escola aqui? Já aprenderam a ler nesta idade? O que será que ela acabou de perguntar para o pai dela? Essa mãe está dando uma bronca ou elogiando o filho? Caramba, difícil entender a entonação deste idioma! Ah, que bonitinho o carinho com o filho, no final existe amor no mundo todo!). Quantos pensamentos e questionamentos o cérebro é capaz de cruzar a cada minuto? No campo das sensações, posso afirmar por experiência própria, são muitos! Essas saídas me garantem isso e alimentam a minha obsessão de anotar tudo. A cada quilômetro rodado, o estimulante ritmo das coreografias na minha mente trazem insights e coloco todos eles no bloco de notas do celular. Assim nascem a maioria dos meus projetos, aulas e ideias de modo geral. Indico bastante esse processo como parte de metodologia de criação.
Estar em movimento = vivo, sobreviver mais e melhor
Movimentos migratórios do passado > crescente do nomadismo digital
Museu da Emigração da Irlanda, Dublin:
“Emigramos porque não podemos ficar, porque queremos ir ou por uma mistura dos dois. Nos movimentamos por diferentes motivações, mas sempre com um mesmo objetivo: a sobrevivência. Três motivações são fortes na história da emigração irlandesa: fome, trabalho e comunidade. Emigração não é uma crônica de tristeza e arrependimento, mas uma história poderosa de contribuição e adaptação”
>>> e estamos sempre buscando nosso(s) próximo(s) lugar(es)
Reconhecendo a própria jornada:
Metodologia da Jornada da Economia da Paixão: